O Fator Humano

A complexidade do ser humano só encontra par na complexidade da vida em grupo, em sociedade. O cérebro humano, de pouco mais de um quilograma de massa, é o mais complexo e ordenado arranjo de matéria já encontrado no universo. As variações e matizes de atitudes e comportamentos que ele pode gerar são uma benção no que concerne à criatividade e, consequentemente, à evolução da espécie humana; mas ao mesmo tempo formam um quebra-cabeça para a conivência harmônica de um grupo: Um verdadeiro e enorme desafio. Um líder de projeto ou de qualquer grupo de trabalho, ou até mesmo familiar, deve concentrar-se na forma com que pretende se relacionar com o seu grupo, em bases de médio e longo prazo. Se isto não for feito, a equipe se tornará um Dragster, um tipo de veículo leve com motores extremamente potentes, especialmente projetados para provas de arrancadas em retas com um quarto de milha; são capazes de alcançar mais de 515 km/h de velocidade final e percorrer cerca de 400 metros em menos de 5 segundos. Contudo, se submetidos a um percurso longo, explodem, e mesmo num percurso curto necessitam de dois paraquedas para parar.

Com o objetivo de entender estas diferentes personalidades, que normalmente estão contidas num grupo, alguns testes psicológicos foram criados para identificar características e preferências pessoais. Embora limitados a poucas dezenas de categorias, estes testes são um excelente início para entender as linhas de pensamento e a forma de encarar uma situação ou problema de cada membro de um grupo, como o Myers-Briggs Type Indicator (MBTI).

Os líderes não tem uma tarefa fácil quando resolvem ou são solicitados a montar um time, e decidem prepará-lo para ser uma equipe campeã. Para auxiliá-los nesta árdua missão, seguem abaixo algumas propostas de como lidar um membro da equipe:

1. Não faça a tarefa por ele, nem tente ditar a forma com que ele deve realizá-la, mostre apenas a maneira como o grupo normalmente a realiza, à guisa de informação. Ensine-o a pescar, não pesque por ele, nem para ele;

2. Esteja sempre presente; crie mecanismos onde sua presença se demonstre constante, mesmo que ela não possa ser; este é um grande apoio que pode ser dado a ele, o sentimento de constante proximidade;

3. Não simule a pirâmide de Maslow para ele: Não o deixe pensar que, com os recursos do grupo, seus fatores Fisiológicos e de Segurança estão atendidos, pois ele não terá base sólida para satisfazer suas necessidades de Relacionamento, Autoestima e Realização Pessoal;

4. Apoie de forma discreta, quando e se solicitado; aos mais orgulhosos pergunte, de forma sutil, se necessitam de alguma ajuda;

5. Trate-o como adulto, garantindo seus direitos, mas cobrando suas responsabilidades de maneira tranquila, e fazendo-o assumir as consequências de seus atos; os resultados são coletivos, mas os acertos e os erros devem ser contabilizados individualmente;

6. Evite os sentimentos de posse: A equipe não é sua, os empregados são da empresa e a vida é deles. Seu desafio é formar uma boa equipe sempre que necessário, e não mantê-la aprisionada para toda a eternidade;

7. Tente substituir o compromisso com a hierarquia pelo respeito aos objetivos da equipe e ao espaço social de cada membro do grupo;

8. Dissemine no grupo o conceito da fé, que é a certeza sobre coisas que se esperam, e a convicção sobre fatos que aparentemente não se veem. A autoconfiança se desenvolve dela, apesar de por vezes acreditarmos no contrário;

9. Aumente o nível de consciência das pessoas, expandindo o seu foco de satisfações menores para a busca da auto realização, sempre as conscientizando do longo prazo deste objetivo e mostrando as etapas que podem ser atingidas no curto prazo;

10. Ajude cada membro do grupo a adotar uma perspectiva ampla, de longo alcance, e focar-se menos nas preocupações do dia-a-dia.

O elemento humano não é um recurso como o capital, o conhecimento, a tecnologia, ou o poder. O fator humano é o principal responsável pelos resultados de qualquer trabalho ou ação produtiva, e a sua maior ou menor contribuição para o desempenho de uma atividade, depende fundamentalmente da qualidade de sua colaboração. Esta por sua vez, deriva das competências e da motivação dos membros da equipe, bem como do clima e do ambiente para a realização da tarefa. As ações aqui sugeridas ao líder da equipe, podem ajudar a alcançar a plenitude desta colaboração. Apesar de serem difíceis de cumprir, tentar aplicar todas é o melhor caminho para realizar uma parte delas. Vamos tentar?

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