O Autoengano Empresarial

A enciclopédia define autoengano como “o resultado de um processo mental que faz com que um indivíduo, em um momento, aceite como verdadeira uma informação tida como falsa por ele mesmo noutro momento”; e exemplifica esse processo no hábito de se adiantar o próprio relógio para não chegar atrasado aos compromissos. Ou seja, o autoengano é a simples falta de consciência da realidade. Este fenômeno é mais comum do que se imagina, manifestando-se também nas empresas. Lá, ele ocasiona a falta de habilidade dos seus gestores em compreender o todo da organização, isto é, em ter uma visão sistêmica da companhia.

O problema da prática do autoengano no dia-a-dia das pessoas e das organizações, é que ela acaba minando a capacidade de tomar decisões adequadas, além de comprometer os relacionamentos entre a empresa e seus clientes, fornecedores e parceiros; entre empregados e gerentes; enfim entre seus stakeholders (suas partes interessadas). Alguns exemplos de autoengano nas empresas podem aqui ser citados:

• A Diretoria que não admite ser a responsável pelos maus resultados da organização;
• O CFO que não acredita ser o grande responsável pelo endividamento da empresa;
• O RH que afirma não ter culpa no grande êxodo de empregados para o mercado;
• O Empregado que não concorda que necessita se aprimorar em determinado tema;
• O Gerente que não se considera responsável pelo bem estar dos seus liderados.

Para que haja uma real visão sistêmica da empresa, ignorando-se as armadilhas do autoengano, a educadora e pesquisadora Dulce Magalhães, em sua aula sobre Gestão da Competência e Visão Sistêmica, a partir de um autodiagnostico da visão sistêmica, recomenda:

1. Que numa análise periódica, sejam percebidos os atos passados que geraram os resultados presentes;
2. Que sejam modificados os comportamentos, função de uma análise ou de um pressentimento das consequências destes comportamentos;
3. Que a vida seja percebida como um encadeamento de atitudes;
4. Que os resultados desejados para o futuro sejam programados, e que se comece a agir hoje dentro desta programação para alcança-los;
5. Que seja desenvolvida uma visão lateral, uma escuta e percepção ativas para que se possa realmente entender o mundo ao redor;
6. Que sejam aceitas e entendidas, e não evitadas, as pessoas que diferem do padrão comportamental de um grupo ou, principalmente, do padrão do responsável por ele.

Não são recomendações simples de serem seguidas, mas se adotadas uma por vez durante um mês, em seis meses mudanças muito positivas poderão advir para os gestores e gerentes de uma organização, bem como para seus resultados. Armando Correa de S. Neto, psicólogo e professor de Liderança, argumenta em seu blog que “Enquanto a responsabilidade não recair sobre si mesmo, a infantilidade permanecerá disfarçada de azar”. Citando um antigo “homem sagrado” da tribo norte-americana dos Sioux, Black Elk (1863-1950): “É na escuridão de seus olhos que os homens se perdem”.

Para saber mais sobre o tema visite o site da Quântica Treinamento Empresarial em http://www.quanticaconsultoria.com

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