Classificação dos Arquétipos da Personalidade Humana

Arquétipo é um conceito desenvolvido em 1919 pelo psiquiatra suíço Carl Gustav Jung. Segundo ele, são “conjuntos de imagens primordiais originadas de uma repetição progressiva de uma mesma experiência durante muitas gerações, armazenadas no inconsciente coletivo”. Ou seja, são figuras que cada indivíduo tem no imaginário desde criança, independentemente de onde foi criado, do país que vive e das religiões e crenças que adota. Em um artigo intitulado “Os 12 arquétipos comuns” (2016), Carl Golden, psicoterapeuta norte-americano, apresenta 12 tipos de arquétipos da personalidade humana, tentando agrupá-los por afinidade. A partir deste texto, a escritora inglesa, Kirstie Pursey, em outro artigo sobre o mesmo assunto, “Quais são os 12 arquétipos e qual deles domina a sua personalidade” (2016), avançou no tema e simplificou o primeiro artigo, com relação aos objetivos de cada arquétipo, às suas principais forças e fraquezas e do que cada um deles tem medo. Em um terceiro artigo sob o título “Carl Jung” (2016), o psicólogo Saul McLeod, professor da universidade de Manchester no Reino Unido, afirma que Jung acreditava que símbolos de diferentes culturas são muitas vezes semelhantes porque surgiram de arquétipos compartilhados por toda a raça humana; e que esses arquétipos são produtos da experiência coletiva de homens e mulheres vivendo juntos. Uma proposta de classificação dos arquétipos, combinadas as pesquisas e as conclusões destes três artigos, pode ser vista na figura a seguir.

relogio-dos-arquetipos

Como num relógio, a região das 12h aponta para os arquétipos mais ligados à liberdade de expressão e de vida; em contrapartida, aquela em torno das 6 horas mostram os arquétipos mais ligados à ordem e estruturação das coisas. No eixo perpendicular, no entorno das 9 horas, se agrupam arquétipos mais voltados à individualidade da pessoa, enquanto ao redor das 3 horas estão aqueles mais propensos às interações humanas. Para conhecer cada um dos arquétipos e memorizar os diversos tipos, serão utilizadas as horas do relógio no sentido de seu fluxo:

1 hora: O Brincalhão

  • Objetivo: iluminar o mundo e ter bons momentos;
  • Filosofia: só se vive uma vez;
  • Estratégia: brincar, fazer piadas, ser engraçado;
  • Forças: alegria; estar de bem com a vida;
  • Riscos: frivolidade; perda de tempo;
  • Grande medo: aborrecer as pessoas.

2 horas: O Apaixonado

  • Objetivo: estar em um ambiente familiar e relacionar-se com quem gosta;
  • Filosofia: intimidade e experiência;
  • Estratégia: tornar-se cada vez mais física e emocionalmente atrativo;
  • Forças: paixão; gratidão; apreço; compromisso;
  • Riscos: agradar os outros, perdendo sua própria identidade;
  • Grande medo: estar sozinho, sendo indesejado.

3 horas: O Protetor

  • Objetivo: Ajudar aos outros;
  • Filosofia: trate os outros como gostaria de ser tratado;
  • Estratégia: fazer as coisas em prol das pessoas;
  • Forças: compaixão; generosidade;
  • Riscos: martírio; ser explorado;
  • Grande medo: egoísmo e ingratidão.

4 horas: O Realista

  • Objetivo: relacionar com outros, pertencendo a um grupo;
  • Filosofia: todos os homens e mulheres foram criados iguais;
  • Estratégia: desenvolver virtudes sólidas que permitam ter os pés no chão;
  • Forças: realismo; empatia; não ser pretencioso;
  • Riscos: perder a identidade no esforço para se misturar ou por relações superficiais;
  • Grande medo: ser deixado de fora ou estar à parte da multidão.

5 horas: O Inocente

  • Objetivo: alcançar o paraíso;
  • Filosofia: ser feliz;
  • Estratégia: fazer as coisas de forma correta;
  • Forças: fé; otimismo;
  • Riscos: ser enfadonho com sua inocência ingênua;
  • Grande medo: ser punido por algo errado que venha a fazer.

6 horas: O Controlador

  • Objetivo: criar uma família ou comunidade próspera e bem-sucedida;
  • Filosofia: o poder é o que mais importa;
  • Estratégia: exercer poder;
  • Forças: responsabilidade; liderança;
  • Riscos: autoritarismo; incapacidade de delegação;
  • Grande medo: instauração do caos, derrubando o seu poder.

7 horas: O Sábio

  • Objetivo: usar a inteligência e a capacidade de análise para entender o mundo;
  • Filosofia: a verdade o libertará;
  • Estratégia: buscar conhecimento; autorreflexão e compreensão dos processos;
  • Forças: sabedoria; inteligência;
  • Riscos: estudar muito, mas nunca agir; ser apenas teórico;
  • Grande medo: estar enganado; ser ignorante.

8 horas: O Empírico

  • Objetivo: fazer sonhos tornarem-se realidade;
  • Filosofia: faça acontecer;
  • Estratégia: desenvolver uma visão e viver por ela;
  • Forças: encontrar soluções do tipo ganha-ganha;
  • Riscos: tornar-se manipulativo;
  • Grande medo: não conhecer as consequências negativas de suas ações.

9 horas: O Herói

  • Objetivo: melhorar o mundo;
  • Filosofia: onde há vontade, há uma maneira;
  • Estratégia: ser tão forte e tão competente quanto possível;
  • Forças: competência; coragem;
  • Riscos: arrogância, sempre precisar de outra batalha para lutar;
  • Grande medo: vulnerabilidade e covardia.

10 horas: O Criativo

  • Objetivo: realizar uma visão;
  • Filosofia: se consegue imaginar, pode fazer;
  • Estratégia: desenvolver controle artístico e habilidades;
  • Forças: criatividade; imaginação;
  • Riscos: perfeccionismo levando a soluções demoradas;
  • Grande medo: visão ou execução medíocres.

11 horas: O Pioneiro

  • Objetivo: experimentar uma vida melhor, mais autêntica, mais gratificante;
  • Filosofia: liberdade para descobrir quem você é através da exploração do mundo;
  • Estratégia: procurar e experimentar coisas novas para escapar do tédio;
  • Forças: autonomia; ambição; ser verdadeiro;
  • Riscos: vagar sem objetivo, tornando-se um desajustado;
  • Grande medo: Ficar preso, estando em conformidade, mas com um vazio interior.

12 horas: O Rebelde

  • Objetivo: derrubar o que não está funcionando;
  • Filosofia: regras foram feitas para serem quebradas;
  • Estratégia: interromper, destruir ou chocar;
  • Forças: ultraje; liberdade radical;
  • Riscos: cruzar para o lado sombrio; cometer um crime;
  • Grande medo: ser impotente ou ineficaz.

Compreender o arquétipo dominante na própria personalidade, pode ajudar um indivíduo no entendimento de suas motivações, aproveitando melhor suas forças e trabalhando de forma mais apropriada suas fraquezas. Descobrir os arquétipos dos outros pode ser uma boa maneira de entender suas reações e comportamentos, ajudando a um convívio mais consciente e tolerante.

Referências

GOLDEN, Carl. The 12 Common Archetypes. In: Site Soulcraft. Disponível em http://www.soulcraft.co/essays/the_12_common_archetypes.html. Consultado em 30/12/2016.

McLEOD, Saul. Carl Jung. In: Site Simply Psicology. Disponível em http://www.simplypsychology.org/carl-jung.html. Consultado em 30/12/2016.

PURSEY, Kirstie. What Are the 12 Archetypes and Which One Dominates Your Personality. In: Learning Mind Magazine. Disponível em http://www.learning-mind.com/12-archetypes/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+Le. Consultado em 30/12/2016.

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