por Ruy Motta
“O modelo racional de tomada de decisão refere-se ao processo decisório no qual os administradores tomam decisões ótimas que maximizam os resultados da organização. Dessa forma, o processo levaria a uma decisão ideal, independente de quem a tomasse. Na realidade, o modelo de tomada de decisão racional não tem a pretensão de descrever como as decisões são tomadas, mas sim como deveriam ser tomadas”.
Sobral,Felipe; Peci Alketa
Vivemos tomando decisões. Algumas simples, como escolher uma roupa para trabalhar, outras complexas, como qual profissão seguir.
Na vida corporativa acontece o mesmo, com a possibilidade de interferir em parte ou no todo da organização. Vamos acertar e errar nas decisões. O que interessa é garantir os acertos em decisões mais importantes para a organização. Estas são as que contam.
Quando precisamos tomar uma decisão? Para resolver um problema (funcionamento inadequado) ou aproveitar a oportunidade de maximizar ganhos (bater metas). Entre o estado atual de desempenho e o final, deve haver melhoras perceptíveis. As decisões são tomadas entre as alternativas que proporcionam estes ganhos.
O modelo racional pressupõe que a decisão ideal seria a escolhida, independente de quem fosse o tomador da decisão.
Tem como premissas:
- O problema ou a oportunidade está bem definido e compreendido;
- Os objetivos e metas são claros;
- Não há limitação de tempo e de recursos para a análise;
- As informações estão disponíveis e confiáveis, em quantidade e qualidade;
- Os critérios de avaliação das alternativas são conhecidos e estáveis;
- O tomador de decisão é racional, usa a lógica para avaliar e escolher as alternativas, maximizando os objetivos.
Nem sempre estas premissas acontecem ao se analisar um problema ou oportunidade. É necessário um grau de certeza e confiabilidade nas informações das alternativas e seus resultados, o que não é comum ocorrer.
O modelo racional de tomada de decisão assume que devem ser utilizados procedimentos racionais, para que sejam obtidas decisões de qualidade. É um modelo teórico e normativo, que modela o processo decisório, tornando-o mais racional.
Porém, como o tomador de decisões é um ser humano e nosso cérebro possui restrições devido ao modo como funciona, há tanto limitações de racionalidade quanto interferência dos processos cognitivos e emocionais durante todas as fases do processo decisório.
Estes temas vão ser detalhados em nossos próximos posts.
Referência:
Sobral,Felipe; Peci Alketa; Administração – Teoria e pratica no contexto brasileiro; Pearson Education; 2008.
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