Exemplo Prático de um Processo Decisório

por Ruy Motta

Vamos fazer um exemplo prático de todo o processo decisório racional para a compra de um carro. Neste exemplo vamos utilizar como referência uma matriz de prioridades.

Existem outras ferramentas de análise que podem ser utilizadas, desde as ferramentas da qualidade tipo espinha de peixe, MASP, arvore de análise e até o uso de uma ferramenta mais complexa como, por exemplo, AHP.

FASE DE PREPARAÇÃO

Definir o problema – Necessitar de um carro novo para fazer viagens a trabalho. O carro velho está com muitos quilômetros rodados, costuma apresentar falhas constantes de motor e falta confiança para utiliza-lo na estrada.

Identificar os critérios – Identificar os critérios a serem analisados. No caso do problema atual os critérios foram:

Maior economia de combustível; menor custo de manutenção; maior conforto; beleza e preço.

Atribuir pesos aos critérios de acordo com a importância relativa para a solução do problema. Neste caso atribui-se os valores de 0 a 10 conforme Figura 1- (Coluna Pesos).

Obs.:  Critérios escolhidos pelo proprietário que poderiam ser outros. Reparar que dois critérios são subjetivos (beleza e conforto). Os demais encontram valores fixados pelas montadoras.

Gerar alternativas – Identificar as alternativas existentes no mercado que atendam aos critérios. Neste caso foram escolhidas as alternativas de carros A, B e C.  Analisar cada alternativa quanto a atender aos critérios estabelecidos. Nesta analise atribuiu-se valores de 0 a 4 para o atendimento dos critérios conforme Figura 1.

FIGURA 1
Critérios

Pesos (P)

(A) (B)

(C)

Maior economia combustível

9

4

4

2
Menor custo de manutenção

9

2 4

4

Maior conforto

7

4 3

4

Beleza

5 3 3

4

Preço

10

4 3

3

Identificar a solução ideal – Multiplicar os pesos (P) pelas classificações das alternativas e somar.

  • A = (9×4)+(9×2)+(7×4)+(5×3)+(10×4)= 137
  • B = (9×4)+(9×4)+(7×3)+(5×3)+(10×3)= 138
  • C = (9×2)+(9×4)+(7×4)+(5×5)+(10×3)= 132

FASE DE DECISÃO

Decidir – Optar pela solução ideal. Neste caso a alternativa B foi  escolhida por ser a de maior pontuação.

FASE DE EXECUÇÃO

Fazer acontecer – Planejar o pagamento, o emplacamento e a retirada do carro da concessionária. Acompanhar as medidas do consumo e custo de manutenção. Dirigir com segurança e anotar valores em tabelas a parte.

Aprender – Rever o processo como um todo.  Tudo ocorreu dentro do previsto ou apresentou-se algum imprevisto não considerado? O que se pode fazer para melhorar em um novo processo.

Obviamente não aplicamos toda esta lógica ao tomarmos a maioria das decisões na empresa ou na nossa vida particular. Usamos a intuição na maior parte das nossas decisões e complementamos com o racional.

Referências

BAZERMAN, Max H.; Moore, Don. Processo Decisório. Rio de Janeiro; Elsevier, 2010

TICHY, Noel M.; BENNIS, Warren G. Decisão – Como Líderes vencedores fazem escolhas certeiras. Porto Alegra: Bookman, 2009

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