Um tema pouco estudado, mas muito praticado pelos profissionais de gestão empresarial é a montagem e remontagem das estruturas organizacionais das empresas. Para um maior conhecimento da tipologia e aplicações das estruturas organizacionais mais tradicionais, serão mostradas, seguindo Mintzberg e Quinn (2001), as sete formas básicas utilizadas no mercado para se configurar uma organização.
Organização Empreendedora: Estrutura simples, uma grande unidade, consistindo de um gerente de cúpula, e um grupo de operadores que executa o trabalho básico. Pouco do comportamento da organização é formalizado e um uso mínimo é feito do planejamento. É encontrada em pequenos negócios na sua primeira fase.
Organização Maquinal: Esta organização requer uma grande estrutura para o design e manutenção dos sistemas que formalizam seus comportamentos e planejam suas ações. Neste modelo existe uma descentralização horizontal, mas limitada, com grande hierarquia de gerentes intermediários para controlar o trabalho altamente especializado da essência operacional. Pode ser encontrada em grandes empresas estatais ou familiares.
Organização Profissional: Aqui, a atração para profissionalizar é o que domina. Depende de profissionais altamente especializados, mas com considerável controle sobre seu trabalho. Para realizar as tarefas a organização abre mão de boa parte de seu poder não apenas para os próprios profissionais, mas também para as associações e instituições que a apoia. Hospitais e Universidades utilizam-se desta configuração em suas estruturas organizacionais.
Organização Diversificada: Apesar de ser esta uma organização integrada, também é um conjunto de entidades independentes, unidas por uma estrutura administrativa não muito rigorosa. É composta por unidades geralmente chamadas de divisões, que não possuem uma estrutura completa, mas parcial sobreposta às demais. Cada divisão tem sua própria forma de se estruturar. É utilizada por empresas que possuem linhas de produtos muito diversificadas.
Organização Inovadora: Requer estruturas de projetos que possam fundir especialistas de diferentes atividades em equipes criativas. Este tipo de configuração depende do ajuste entre seus peritos altamente treinados e especializados. Normalmente os peritos são alocados em unidades funcionais para efeito de trabalhos internos, mas designados em equipes de projetos para realizarem seus trabalhos. É encontrada em Indústrias como a aeroespacial e a cinematográfica que precisam inovar de maneiras muito complexas.
Organização Missionária: É uma organização orientada e unida por sua ideologia, com tendência a uma divisão não muito rígida de trabalho, pouca especialização de cargos, e uma redução das diferenças hierárquicas. O que mantém esta união e viabiliza a organização é a padronização de normas, o compartilhamento de valores e crenças entre todos os membros, assegurado pela doutrinação. Aparece em organizações religiosas, filantrópicas ou filosóficas.
Organização Política: Quando uma organização não tem uma parte dominante, nenhum mecanismo de coordenação e nenhuma forma estável de centralização ou descentralização, ela poderá ter dificuldade em restringir os conflitos em seu meio, e poderá resultar uma forma de organização chamada política. O que caracteriza seu comportamento é a desintegração de suas partes. Esta caracterização pode ser temporária por necessidade ou definitiva por opção.
Referência:
MINTZBERG, Henry; QUINN, James Brian; LAMPEL, Josef; GHOSHAL, Sumantra. O Processo da Estratégia. 4ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.
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